sexta-feira, 25 de setembro de 2009

John Donne - Meditation 17

Sincronia, do grego syn+khronos: relação altruísta entre ritmos, diversos e diferentes, sincronizados numa tecitura sistémica.

Synchrony, from the Greek syn+khronos: altruistic relation between rhythms, diverse and different, synchronized in a systemic weaving.

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John Donne
Meditation 17
Devotions upon Emergent Occasions

"No man is an island, entire of itself; every man is a piece of the continent, a part of the main. If a clod be washed away by the sea, Europe is the less, as well as if a promontory were, as well as if a manor of thy friend's or of thine own were. Any man's death diminishes me, because I am involved in mankind; and therefore never send to know for whom the bell tolls; it tolls for thee..."

"Nenhum homem é uma ilha, isolado em si mesmo; todo homem é um pedaço do continente, uma parte da terra firme. Se um torrão de terra for levado pelo mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse o solar dos teus amigos ou o teu próprio; a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do género humano, e por isso não me perguntes por quem o sino dobra; ele dobra por ti..."

sábado, 19 de setembro de 2009

Asfixias...

“Asfixia democrática” não é o mesmo que “asfixia da Democracia”. No assentimento de que a Democracia diz respeito ao “exercício justo” do poder político, obtido através do voto de uma maioria de cidadãos, então um “mecanismo de asfixia democrática” pode ajudar a Democracia a defender-se dos seus “inimigos”. Mas o “curioso” e “espantoso” é que jornalistas, comentadores, políticos, etc… insistem no termo sem o criticarem: assumindo que “asfixia democrática” é o mesmo que “asfixia da democracia”. Como é que pode haver um desconhecimento tão generalizado do Português básico?
Na frase: “ asfixia democrática”, o termo asfixia tem o lugar do sujeito e o termo “democrática” tem o lugar do atributo do sujeito. Um atributo (do latim attributu) significa aquilo que é próprio de alguém, ou de alguma coisa.
Por sua vez, democrática é um adjectivo com raiz em “demos” que significa povo e “kratos” que significa “força” ou “poder”.
A frase sinaliza a existência de dinâmicas de asfixia que são democráticas, ou seja, esta asfixia, enquanto mecanismo activo de operatividade sistémica, pode, e deve, ser abordada como uma “asfixia justa”, considerando-se que a Democracia, geneticamente oposta a Aristocracia, diz respeito ao “exercício justo” do poder político, obtido através do voto de uma maioria de cidadãos.


sexta-feira, 18 de setembro de 2009

"Um búzio"...

“Um búzio

É uma onda que parou

Mas que guardou o som do mar

O vento…

Canção do cancioneiro que vibrou

A voz que chora, a voz que sou

Lamento”

Eleutério Sanches, Búzio (1960) in Serenata Luanda II, Editorial Nzila, Luanda, 2008